O HEBRAICO E O CASTELO PERDIDO...
Fazendo uma analogia da língua hebraica
com uma grande construção antiga, que escolho um suposto castelo como comparação,
com o intuito de facilitar um certo entendimento.
Imaginemos um alicerce em ruína de um
castelo desaparecido há séculos! Seria possível restaurar esse castelo? Na
minha humilde opinião, humanamente falando, não. Atentemos para os detalhes que diferenciam
uma restauração, de uma reforma e de uma reconstrução! Na minha sempre humilde opinião são
três coisas distintas, independentemente de o vernáculo oficial confirmar ou
não o meu raciocínio.
No caso da restauração, parto de dois pressupostos:
1º) que a restauração de um imóvel é uma renovação do mesmo o mais fielmente
possível ao original. Isto é perfeitamente possível. 2º) que a restauração de
um imóvel implica numa volta no que ele era antes, com cem por cento de
fidelidade. Isto na minha opinião é impossível. Uma pequena e simples variação
na tonalidade de uma cor, já deixa de ser cem por cento original!
Já no caso de uma reforma de um imóvel
deteriorado, podemos sem problema algum trocar portas e janelas, acrescentar ou
mudar paredes, pintá-las com cores diferentes, colocar um telhado novo com
outros tipos de telhas, etc....
E no caso da reconstrução, temos uma opcional soma da restauração com a reforma, na mesma. Para caracterizar uma reconstrução,
no mínimo temos que reconstruir no exato local onde existia o imóvel que desapareceu! Daí
em diante, tudo que puder ser aproveitado do que restou do antigo, no caso
suposto um alicerce, ajudará mais o que podemos denominar de “reconstrução”! Isso,
até um suposto limite, pois uma ruína pode ter tantas paredes e detalhes de pé, que a reconstrução deixe de ser reconstrução e passe a
ser uma reforma.
Temos também inserido nessa questão, o
fato de a reconstrução poder acontecer em locais exatos ou diferentes, onde
existia, por exemplo, um hospital, uma escola, etc.! Como exemplo, digamos que
o governo por um forte motivo venha precisar para outra finalidade da área onde
hoje fica o Maracanã!? E para que a cidade e seus habitantes não fiquem sem um
estádio de tal fama e envergadura, constroem outro com o mesmo nome em outro
local... Pode-se perfeitamente nesse caso, se dizer que o Maracanã foi “reconstruído”,
com a mesma arquitetura ou não, desde que permaneça oficialmente com o mesmo nome!
Um alicerce completo de um castelo que tenha
existido num passado distante, pode nos dar uma ideia bem aproximada do que era
a divisão do primeiro pavimento. Daí em diante tudo dependeria de projeto
arquitetônico preservado, literaturas, desenhos antigos ou quaisquer outras
informações a respeito do suposto castelo. Seja como for, a reconstrução de um
castelo antigo fielmente idêntico ao original é humanamente impossível! Essa é
a minha opinião, e acredito, de todos!
Imaginem a “infinidade” de detalhes, como
de cores, decorações, formato de portas e janelas, etc.?
Creio que já temos detalhes suficientes
para um dos lados da analogia, vamos agora compará-lo com a língua hebraica.
Sendo o hebraico uma língua muito antiga, e que por vários motivos quase
desapareceu por completa, assim como o suposto castelo, o que podemos tirar de
autêntico do que restou dessa língua...? Ela foi restaurada, reformada ou
reconstruída? Assim, como do suposto castelo restou apenas o alicerce, parece sem
sombra de dúvidas que do hebraico primitivo restou os caracteres alfabéticos,
confirmados pelas descobertas arqueológicas, inclusive o tetragrama referente ao nome verdadeiro do Criador de todas as coisas.
Assim, como para a restauração ou
reconstrução do antigo suposto castelo, precisaríamos dos projetos
arquitetônicos preservados, além dos demais detalhes, como acabamento, cores de
parede, portas, janelas, etc., no caso do hebraico bíblico precisaríamos de uma
gramática primitiva, abrangente e preservada, que nos desse a real oralidade primitiva da língua.
Aceito que estudos aprofundados e
demorados, como no desvendamento da Pedra de Roseta, pudesse nos levar ao entendimento
sobre o hebraico bíblico escrito, mas quanto ao entendimento do hebraico
bíblico falado, só a existência de gravações sonoras ou uma gramática bíblica preservada,
abrangente e autêntica, poderia nos dar a real sonoridade vocal do hebraico
falado. Como gravações sonoras de voz dos tempos primitivos não existem,
ficamos nas dependências polêmicas ou duvidosas de afirmações humanas falíveis.
Assim, como provas irrefutáveis, como
fotos, filmes e vídeos do suposto castelo secular não existem por motivos
óbvios, não temos gravação de voz, ou filmes e vídeos que contenham falas
primitivas, provando irrefutavelmente como era falado o hebraico antigo.
Percebo que muita gente que mal ou bem entende do assunto referente ao nome original do Pai Celestial, se baseiam em suas
afirmações, no "hebraico reconstruído” ou “reformado”. E quanto ao "hebraico fielmente restaurado", ainda não vi provas cabais de autenticidade que me convencessem!.... As questões sobre tradições, estudos aprofundados, achados arqueológicos, como "provas
cabais" não dissipam as minhas dúvidas, no que se refere a autenticidade da sonoridade
vocal hebraica primitiva.
Não quero mostrar com esse trabalho que
eu estou certo ou errado, apenas levantar questões. Não faço pouco caso do denominado “hebraico moderno”, pelo contrário, acho uma obra utilíssima e maravilhosa, apenas ainda não vi provas
cabais de que nesse hebraico falado hoje em dia, contenha nele inserido o verdadeiro
hebraico bíblico falado nos tempos antigos, tempos esses em que se pronunciava o verdadeiro nome do Pai Celestial, creio! Por que será que, hoje, existem várias versões
polêmicas para um suposto nome original do Pai Celestial e do seu Filho
Unigênito?
E o Altíssimo será rei sobre toda a terra; naquele dia um só será o Rei, e um só será o seu nome. Zacarias 14:9
E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Mashiach será salvo. Atos: 2:21
"Disse também o Pai Celestial a "Moisés": "diga aos israelitas: O Pai Celestial dos teus antepassados, o Pai Celestial de "Abraão", de "Isaque" e de "Jacó", enviou-me a vocês. Esse é o meu nome para sempre, nome pelo qual serei lembrado de geração em geração.
Se alguém quiser interagir comigo nesse
estudo, dando opiniões, me corrigindo, pedindo mais informações, detalhes, etc., eu
estou disponível nos vários dispositivos para esse fim...
Para não transformar esse estudo em “enfado”,
grande a ponto de pessoas desistirem de lê-lo, resolvi parar por aqui, porém
acho fundamental para quem quiser mais detalhes, adquirir mais ou menos
convicção de uma posição no assunto, sugiro que pesquise na internet um pouco mais de conhecimento sobre a história do hebraico e, também, sobre um mínimo de
linguística. Também tenho um outro estudo, similar a este, no link a seguir, que
contêm, bem resumidamente, esse mínimo do conhecimento que sugeri. Que o Pai
Celestial nos abençoe...
https://discutindoavida-val.blogspot.com/2022/05/podemos-nos-embasar-no-idioma-hebraico.html